Ao longo da vida e por diversos motivos (férias, trabalho, etc.) temos por vezes necessidade de viajar. A nossa rotina diária poderá ser alterada, e para minimizar o risco de aparecimento de problemas a preparação é fundamental. Discuta com a sua equipa de saúde como deverá proceder com a sua terapêutica.
Se a viajar de avião verifique com antecedência se vai ser servida alguma refeição e prepare alguns snacks ou refeição (no caso de haver algum atraso ou outra intercorrência com a refeição). Esta indicação é também útil para quem faça longas viagens utilizando outros meios de transporte.
No controlo de segurança dos aeroportos deverá referir que transporta consigo os medicamentos e restante material (bem identificado e com as embalagens originais).
É aconselhável fazer-se acompanhar de uma declaração médica (em português e inglês) descrevendo que tem diabetes, e a necessidade de transportar consigo os medicamentos e todo o equipamento para controlar e tratar a diabetes. Não deverá despachar estes produtos como bagagem de porão, uma vez que estariam mais expostos a acidentes, a variações extremas de temperatura e humidade.
Leve o Cartão Europeu de Seguro de Doença (para viagens na Europa – veja em que países se aplica) ou pondere fazer um seguro para a sua viagem (para outros destinos). Tenha um cartão que o identifique como tendo diabetes de preferência na língua local.
Em relação à DM1 é sempre bom ter uma lista para confirmar se leva tudo o que é necessário (e que varia de acordo com a sua situação):
Deve existir assistência adequada conforme a idade da criança para pesquisa de glicemia e corpos cetónicos, administração de insulina correção de hipoglicemias na escola ou visitas de estudo.
Exista compreensão acerca de necessidade de ir a casa de banho várias vezes quando a glicemia está elevada.
Os jovens /crianças devem poder realizar pesquisas de glicemia e corpos cetónicos assim como administrar insulina em ambiente calmo e privado.
Devem poder também pesquisar a glicemia e corpos cetónicos durante a aula.
Não mande uma criança/jovem em hipoglicemia sozinha ter com o enfermeiro/cuidador. Faça os procedimentos para reverter a hipoglicémia, e depois se necessário mande-a então acompanhada por um colega ou um adulto. Deve ser determinado quem faz o quê se uma criança com diabetes se sentir mal ou fizer uma hipoglicemia. O professor ou auxiliar educativo devem ser capaz de ajudar a medir a glicemia, se necessário (nomeadamente em episodio de hipoglicemia)
Certifique-se que a equipa escolar ou os colegas sabem onde está o açúcar de emergência e quando usar assim como snacks disponíveis para comer. Deve ser permitido comer nas aulas e toda a turma deve compreender a situação. O jovem/criança deve poder repetir o teste ou exame se neste ou horas antes sofrer um episódio de hipoglicemia pois a sua concentração fica alterada.
Devem ser estabelecidos horários regulares para as refeições. A comida servida na escola deve ser saudável, de modo, a ter um efeito positivo na glicémia. Deve estar disponível o menu escolar para consulta prévia do jovem e família. A escola deve comunicar aos pais com bastante antecedência alterações aos horários e assim como visitas ou jogos.
Deverão existir sempre que necessário (inicio do diagnóstico, inicio do ano letivo, mudança de professores ou cuidadores, entre outras) reuniões entre pais, professores, equipa de saúde da área da Diabetes ou saúde escolar, para esclarecer/ acordar um compromisso de funções e responsabilidades de pais ou tutores, pessoal da escola e a criança.
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